Institucional

Segundo dia da 24ª Reunião da Rede contou com Talk show e os produtos da III Mostra de Experiências

Debate sobre Produção de recursos educacionais, reutilização e compartilhamento foi um dos destaques da programação.

- Ascom SE/UNA-SUS



O talk show Produção de recursos educacionais, reutilização e compartilhamento abriu as atividades do segundo dia da 24ª Reunião da Rede UNA-SUS. A discussão sobre a importância do processo de reutilização dos recursos educacionais norteou o bate-papo na manhã desta sexta-feira. Lina Sandra Barreto Brasil, consultora da Secretaria Executiva da UNA-SUS, destacou a importância dos direitos autorais e de preparar a equipe das IES para a produção de materiais reutilizáveis. “O futuro aponta para que todos trabalhem com acervos e direitos autorais bem regulados dentro da instituição”, afirma. Paola Trindade Garcia, da UFMA, reforçou que a discussão da importância da educação digital aberta e a necessidade de democratizar conhecimento tem crescido no Brasil. “Cada vez mais os recursos estão ficando abertos, é preciso pensar de que forma utilizamos esses recursos que serão reutilizados, é preciso superar o compasso do que é restrito e do que é aberto”, diz Paola.

A criação de módulos que possam ser utilizados separadamente pelo usuário do repositório foi destaque na fala de Alessandra Dahmer, pró-reitora de planejamento da UFCSPA. Segundo ela, é preciso existir módulos menores que possam ser facilmente reutilizáveis. Para Alessandra, produzir materiais para reutilização é mais trabalhoso, mas se o processo for feito de forma adequada, gera uma possibilidade muito interessante para o usuário. Os cuidados que a produção deve ter na criação dos materiais que serão reutilizados foi questionado pela moderadora do talk show, Maria Eugênia Bresolin Pinto, da UFCSPA.

A indexação correta dos recursos nos repositórios como o ARES, plataforma desenvolvida pela UNA-SUS para disponibilização de recursos educacionais, foi um ponto destacado. Para Alessandra a indexação correta e completa é fundamental para a reutilização de materiais, “o ARES é uma das grandes riquezas produzidas pela UNA-SUS, a preocupação com a indexação na produção deve existir desde o início da produção, desde a concepção do material. O ARES permite que todos os materiais produzidos pelas IES que compõem a rede UNA-SUS sejam indexados para reutilização da Rede e para profissionais reutilizarem individualmente. Segundo Lina, “a indexação não se trata de mais um trabalho dentro do processo, é um trabalho tão importante quanto a oferta, o material que está no ARES não vai mais sair de lá”. As convidadas destacam que os cuidados com indexação são trabalhosos, mas devem ser incluídos na rotina do processo de produção dentro da educação a distância. A documentação e a avaliação do processo também foram apontados como aspectos a serem levados em consideração desde o início da criação dos recursos. Paola ressalta que os repositórios são um ponto crucial na área da saúde, há necessidade de ter um movimento colaborativo de fazer uma avaliação de tempos em tempos. “A ideia de um repositório não é só ter materiais atualizados, é preciso esclarecer para as pessoas o que é um repositório, é necessário um movimento institucionalizado dentro das IES para que haja uma checagem e identificação quando o material disponível foi superado ou quando existe outra definição”, diz Paola.

Paola destaca que a existência de um objetivo educacional para todos os recursos disponibilizados é um ponto essencial. “O recurso educacional deve ter um objetivo educacional, antes de fazer o movimento de distribuição do objeto é necessário a reflexão de como aquele recurso isolado faz sentido e tem uma finalidade para o usuário do repositório”. A clareza na finalidade de cada recurso deve permear o processo desde o início, pensando nos recursos como recursos independente.

A experiência com outras plataformas foi um dos tópicos do talk show. As debatedoras falaram sobre o diferencial da plataforma ARES, principalmente por ser um repositório aberto com recursos disponíveis de forma gratuita com direitos autorais e em língua portuguesa.


Reunião de coordenadores

O debate entre os coordenadores da Rede foi mediado por Jorge Harada, coordenador da UNA-SUS/Unifesp, Alysson Lemos e Edinalva Nascimento. Na ocasião, falou-se sobre a possibilidade de abertura de especializações, além das perspectivas da UNA-SUS para os próximos meses. Também foram iniciadas as discussões para produção da carta de Porto Alegre.

Produtos da III Mostra de Experiências Exitosas

Participaram da Terceira Mostra de Experiências Exitosas 18 instituições, com um total de 34 trabalhos. Os relatores de cada eixo apresentaram o que foi exposto nos trabalhos. Os temas com maior número de submissões foram educação a distância, atenção primária e educação continuada. O eixo com o maior número de apresentações foi o terceiro, que tratava das Tecnologias educacionais, com 17 trabalhos.

O Eixo I, Avaliação educacional - diagnóstica, somativa e formativa contou com trabalhos sobre saúde ambiental, projetos de intervenção, processo avaliativo e educação a distância. Para a relatora Maíra Lopes Mazoto, da UFRJ, precisamos publicizar a expertise da UNA-SUS, pois os trabalhos são de ótima qualidade.

No Eixo II, Resultados e impactos dos cursos na prática, os relatores Ivisson da UFRJ e Camila dos Santos, da UFRGS, destacaram que os trabalhos abordaram o quanto os cursos são relevantes na prática para a melhora das condições de trabalho, motivando os profissionais que estão na ponta e, consequentemente,  refletindo nas questões de saúde da população. 

O Eixo III, Tecnologias educacionais, teve trabalhos sobre jogos educativos, monitoramento, produção, gerenciamento de projetos, aplicativos, videoaulas, softwares, entre outros. Os destaques do eixo foram os trabalhos sobre o Jogo Muiraquitã, que utiliza a realidade virtual para possibilitar maior imersão à vivência e Hand talking, que trouxe uma análise que abre o olhar para a necessidade de validar os instrumentos utilizados no sentido de refinar cada vez mais os materiais que visam acessibilidade.

Um dos relatores do eixo, Dalvan da UFSC, falou sobre as potencialidades geradas durante a discussão dos trabalhos, como a inclusão dos jogos que teve um feedback e adesão muito positiva por parte dos alunos, abrindo a possibilidade dos jogos serem inseridos em outros cursos, de forma que o aluno participe mais ativamente do processo de aprendizagem.

O engenheiro de software da SE/UNA-SUS, Onivaldo Rosa Junior também falou sobre a reunião entre os técnicos de T.I, que tratou dos sistemas estruturantes da UNA-SUS. “A ideia foi discutir dúvidas e problemas com relação a esses ambientes”, afirmou.