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Bancos de Leite Humano ajudam mães que não conseguem amamentar

- Ascom SE/UNA-SUS



Um dos atos que mais associamos às mães é a amamentação. Porém, algumas não conseguem amamentar seus filhos, por motivos diversos, e necessitam de doações.

Para que as mães brasileiras não fiquem sem leite humano durante os primeiros anos de vida dos seus filhos, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (Rede BLH) possui hoje 213 BLHs e 131 postos de coleta em todo o Brasil.

A servidora pública Janaína Fernandes da Silva, de 37 anos, foi uma das mães que usou um banco de leite para complementar a alimentação da filha, hoje com um ano e meio. A cirurgia que Janaína fez para redução das mamas a deixou com uma baixa produção de leite. Mesmo assim, ela amamentou a filha e afirma ser a melhor sensação do mundo. “O vínculo criado pela amamentação é insubstituível. Sempre busco estimular ao máximo as mães que podem amamentar”, afirma Janaína.

Para completar a alimentação da filha, ela iria somar ao seu leite - que era pouco - uma fórmula produzida do leite em pó. “Mas acabei por preferir suspender a fórmula. Pois tinha uma amiga minha que produzia muito leite, então preferi pegar o leite dela através do banco de leite. Até os três meses eu fiquei usando meu leite e o leite dela”, explica Janaína.

A principal diferença é que o leite humano é um alimento funcional e é o único que tem o fator da proteção, explica a coordenadora de Processamento e Controle de Qualidade da Rede BLH. “Seus nutrientes são específicos para o bebê. Eles vão auxiliar não só no momento de amamentação, mas na prevenção de doenças futuras, como diabetes, obesidade e viroses. Ao não tomar o leite humano materno, o bebê perde em qualidade de vida”, completa.

Como na primeira gravidez Janaína não tinha muita informação sobre os bancos de leite, ela acabou usando a fórmula do leite em pó para complementar a alimentação do filho. Já quando a segunda criança nasceu, preferiu usar o leite materno da amiga, que o enviava ao banco de leite e o banco mandava à Janaína. Para ela, o ato de doar leite materno é um dos maiores atos de amor ao próximo. “Uma mãe que pega o excedente do leite dela e doa para outras crianças? Acho que isso não tem preço”, acrescenta. 

Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano

A Rede BLH, fruto de uma parceria do Ministério da Saúde com a Fiocruz feita há 70 anos,  é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a maior e mais complexa rede de banco de leite do planeta, sendo referência mundial na doação de leite humano.

O Brasil exporta tecnologia e conhecimento de doação de leite para 23 países da América Latina, Península Ibérica e África.

Por ano no Brasil, aproximadamente 160 mil recém-nascidos recebem leite doado. Toda mãe que tem, por algum motivo, dificuldade em produzir leite, pode recorrer aos bancos de leite público para alimentar seu bebê.

Para saber como doar leite humano ou esclarecer dúvidas sobre amamentação, consulte o site da rede ou ligue gratuitamente para 0800 026 8877.

Fonte: Portal Brasil