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Curso Política Nacional de Saúde Integral LGBT já possui mais de 6.500 inscritos

- Ascom SE/UNA-SUS



Neste domingo (28) foi comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBT. A data é marcada pelo episódio conhecido como Stonewall Inn, ocorrido em 1969, em Nova Iorque (EUA), quando Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que formam a sigla LGBT, uniram-se em uma manifestação contra constantes agressões policiais.

Desde então a luta dessa população por igualdade de direitos e pelo fim da discriminação tem marcado diversas iniciativas, seja por parte da sociedade civil organizada seja por parte dos governos. No Brasil, a Política Nacional de Saúde Integral LGBT, instituída pelo Ministério da Saúde em 2011, é considerada um marco histórico no reconhecimento dos direitos de cidadania LGBT. Essa política busca promover o acesso à Saúde a partir do respeito à identidade de gênero, à orientação sexual e às necessidades de saúde dessa população.

Um exemplo de iniciativa do Ministério da Saúde no campo das estratégias de formação para Política de Saúde Integral LGBT é o curso à distância sobre essa política, que está acessível gratuitamente no site da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS) e também no Portal Brasil, do Governo Federal.

Lançando em maio 2015, o curso teve grande procura e já conta com mais de 6.500 inscritos de todas as regiões do país. São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais são os estados que tiveram maior número de alunos inscritos.

SOBRE O CURSO – Para ampliar e facilitar o acesso, o curso é gratuito e utiliza a estratégia de ensino a distância (EAD), em plataforma online ofertada dentro do Sistema UNA-SUS e também na Plataforma Brasil. O objetivo é capacitar profissionais de saúde para atender, de forma qualificada, às necessidades de saúde dessa população, ampliando o conhecimento desses profissionais sobre a Política de Saúde Integral LGBT.

A estrutura do curso é autoinstrucional e interativa, utilizando momentos de reflexão, vídeos e infográficos. No total são 45 horas aula com atividades baseadas em situações cotidianas enfrentadas pela população LGBT nos serviços de saúde e em vivências clínicas, que aproximam o aluno da realidade e ajudam na verificação de processo aprendizagem. Além disso, o curso apresenta também sugestões de estudos complementares relacionados à temática ao aluno que queira se aprofundar.

Até agora, dentre os alunos que informaram sua formação, a maior procura pelo curso foi de enfermeiros, seguido de técnicos de enfermagem e psicólogos. Os agentes comunitários de saúde e os médicos também estão entre os profissionais de saúde que se interessaram pelo curso. Já entre as categorias profissionais fora da área de saúde que mais procuraram o curso estão os assistentes sociais.

Embora voltado aos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente os que atuam na Atenção Básica, o módulo também está aberto a qualquer pessoa interessada no tema, incluindo gestores, conselheiros de saúde e lideranças e ativistas LGBT, podendo também ser ofertado como curso livre, curso de extensão, auto instrutivo ou rapid learning para outras instituições e parcerias.

Acesse aqui o manual facilitador e saiba como efetuar sua inscrição.

CONSTRUÇÃO COLETIVA – O curso foi desenvolvido de forma intersetorial e participativa, a partir de uma parceria entre as Secretarias de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) e de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (SGETS) do Ministério da Saúde, e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que integra a Rede de Instituições Ensino Superior da UNA-SUS, além da colaboração do Comitê Técnico de Saúde LGBT.

O Comitê Técnico de Saúde LGBT é um espaço consultivo de participação social do Ministério da Saúde que conta com a representação de movimentos sociais LGBT, os quais contribuíram, a partir de suas vivencias nos espaços de saúde, com a construção dos conteúdos do módulo. As inscrições seguem até 10 de setembro de 2015. Serão certificados todos aqueles que concluírem as atividades do curso obtendo no mínimo de 70% de acertos na avaliação somativa.

 

Fonte: SGEP, por Aedê Cadaxa