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Drogas: um dos principais problemas de saúde pública no mundo
Apesar de ser um dos principais problemas de saúde pública no mundo, o consumo de drogas só tem aumentado. De acordo com dados do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), 3% da população mundial consumiram drogas em 2013, dos quais cerca de 1,7 milhões são brasileiros que usaram maconha ou haxixe.
Deste total mundial, 146,2 milhões usaram maconha, pelo menos uma vez neste período. Um grupo de 13 milhões consumiu cocaína e outros 15 milhões fizeram uso de heroína, morfina e ópio. As anfetaminas tipo estimulantes foram consumidas por 38 milhões de pessoas, das quais oito milhões fizeram uso de ecstasy.
Segundo a psicóloga e supervisora pedagógica dos cursos de Saúde Mental e Dependência Química da UNA-SUS/UFMA, Raissa Palhano, as pessoas que têm maiores chances de se tornar dependentes químicas são aquelas que possuem familiares com problemas relacionados ao uso de drogas, com a observação de que quanto mais próximo o grau de parentesco maior a probabilidade de o indivíduo também apresentar tais problemas.
A cocaína, o crack, a nicotina presente no tabaco e os benzodiazepínicos (conhecidos popularmente como “calmantes” ou “tranquilizantes”) são as drogas que causam maior dependência química, aponta a psicóloga.
Com a dependência instalada, as atividades de lazer são abandonadas, assim como eventos sociais e o trabalho, e o uso da substância passa a ser prioridade na vida dessa pessoa. O consumo começa a acontecer em quantidades cada vez maiores, a fim de obter os efeitos iniciais, e logo depois aparece a síndrome de abstinência, com sintomas físicos como tremores, sudorese, taquicardia, entre outros, tudo resultado da dependência química.
Tratamento– Raíssa explica que existem diversos tipos de tratamento e tudo vai depender do nível de gravidade em que o usuário de drogas se encontra. Nos casos menos graves, o indicado é o tratamento ambulatorial ou a inserção dos usuários no CAPS-AD (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas). Para os casos mais graves, principalmente quando a pessoa passa dias fora de casa consumindo a droga, furta objetos ou dinheiro para comprar a substância, coloca sua vida em risco, a indicação é a internação em um local especializado no tratamento para dependentes químicos.
“A duração do tratamento é variável e depende de diferentes fatores, como a adesão do usuário ao tratamento, como ele evolui ao longo do tempo, a participação da família, entre outros” explica.
A participação de uma equipe multiprofissional formada por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, odontólogos e arte-educadores auxiliará decisivamente no tratamento do dependente químico.
Capacitação – A UNA-SUS/UFMA tem desempenhado relevante papel a sociedade no tratamento do dependente ao oferecer, por meio da Coordenação dos Cursos da Área de Saúde Mental, o curso de Capacitação em Dependência Química.
“Ao se apropriar dos conhecimentos fornecidos pelos Cursos da UNA-SUS, acredita-se que os profissionais da saúde têm plenas condições de contribuir para uma mudança não só no lugar onde eles trabalham, mas no cuidado aos dependentes químicos, a fim de garantir um atendimento humanizado e de qualidade a essas pessoas”, relata Raíssa.
Fonte: Comunicação UNA-SUS/UFMA