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Esclerose múltipla: importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado

Estima-se que no Brasil, cerca de 40 mil pessoas vivem com a doença.

- Ascom SE/UNA-SUS



A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica autoimune, que não tem cura, e que acomete o sistema nervoso central, composto pelo cérebro e a medula espinhal. Atualmente, 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo têm EM. Estima-se que no Brasil, cerca de 40 mil pessoas vivem com a doença. O Agosto Laranja vem, nos últimos anos, conectando pessoas afetadas pela doença e desafiando as barreiras sociais que fazem com que se sintam solitárias e socialmente isoladas. As comemorações do Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (30 de agosto) são uma oportunidade de defender por melhores serviços, celebrar redes de apoio e defender o autocuidado.

Esta é uma doença autoimune crônica que pode apresentar uma ampla gama de sintomas e desafios para os pacientes. Esta condição neurológica é uma das mais comuns que afeta adultos jovens, possui predileção pelo sexo feminino, e é caracterizada por danos à mielina, a substância que protege as fibras nervosas no cérebro e na medula espinhal, mediados por ataque pelas células de defesa do próprio indivíduo. Os sintomas mais comuns da esclerose múltipla são fraqueza dos membros e dificuldade para caminhar, a perda da visão em um ou nos dois olhos, visão dupla, as parestesias (dormências e formigamentos), desequilíbrio e falta de coordenação motora, tonturas e zumbidos, tremores, dores, fadiga e alterações no controle da urina e fezes.

Durante o Agosto Laranja, é necessário destacar a importância da conscientização sobre a EM, tanto para a sociedade em geral quanto para aqueles que são diretamente afetados pela doença. É preciso mostrar a importância do compartilhamento de informações precisas e atualizadas, combater o estigma e promover uma maior compreensão sobre os desafios que os pacientes enfrentam diariamente. Vale destacar ainda o quanto o diagnóstico precoce é essencial, a busca pelo tratamento adequado e da adoção de um estilo de vida saudável para gerenciar os sintomas da doença. A conscientização e a educação são fundamentais para oferecer suporte e empoderar aqueles que vivem com essa condição, bem como suas famílias e cuidadores.

Bio-Manguinhos/Fiocruz faz parte de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) para o desenvolvimento do biofármaco betainterferona 1a, junto com a Merck e a Bionovis, para dar acesso a esse medicamento aos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os interferons são proteínas produzidas pelo corpo humano. Seu tipo beta tem eficácia comprovada no tratamento para controle da esclerose múltipla, mesmo sem curá-la. O biofármaco modula o sistema de defesa imunológico do organismo ao reduzir a agressão de linfócitos e anticorpos contra a bainha de mielina das fibras nervosas. Dessa forma, reduz as inflamações e lesões do cérebro e medula espinhal e traz considerável melhoria na qualidade de vida dos pacientes. O tratamento da enfermidade e o uso do biofármaco são garantidos pelo SUS através da PDP desde 2015.

A Casa da Esclerose Múltipla, projeto imersivo em realidade virtual da Merck, existe desde 2018. O objetivo é trazer um olhar mais empático para a doença e alertar sobre os principais sinais e sintomas, além de fomentar o diagnóstico precoce. A casa promove uma experiência totalmente online por meio de uma plataforma interativa, na qual é possível navegar pelos sintomas e dificuldades das pessoas que convivem com a EM.