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Saiba como evitar hipertensão arterial durante a gravidez
Durante a gravidez, algumas mulheres ficam vulneráveis à pré-eclâmpsia, hipertensão arterial que pode aparecer geralmente a partir da 20ª semana de gestação. O problema pode evoluir para a eclâmpsia, quando ocorre um descontrole da pressão arterial, colocando em risco a vida da mãe e a do feto.
Foi o que aconteceu com a enfermeira Nara Rabelo. Na época, ela tinha 15 anos de idade e quando procurou atendimento médico, o feto já estava em sofrimento. "Só fui ao médico depois de três meses de gestação, quando fui informada que minha menina já estava quase sem vida e que minha pressão estava alta. Quando eu estava com 6 meses e 28 dias, minha pressão subiu tanto que eu fui para a maternidade e tive que tirá-la, foi um momento muito difícil para mim", relembra Nara.
De acordo com a coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilela, a pré-eclâmpsia é a primeira causa de morte materna no Brasil. Vilela explica que o problema é muito comum em mulheres brasileiras, principalmente durante a primeira gravidez. "As mulheres devem acompanhar bem o pré-natal, em todas as consultas devem medir a pressão. Também é preciso ficar atenta a dores de cabeça, perna muito inchada ao levantar, estrelinhas na vista, dentro outros sintomas", explica a coordenadora.
Além de comparecer a todas as consultas do pré-natal, a coordenadora da Saúde da Mulher orienta as gestantes a manter bons hábitos alimentares para evitar a pré-eclampsia e outras complicações que podem surgir durante a gestação. "A gravidez saudável depende de exercício físico e uma boa alimentação a base de frutas, legumes, proteínas, redução das frituras, das gorduras e do açúcar; usar o sal de forma comedida, lembrando que refrigerante tem sal, que bolacha, inclusive de doce tem sal, tudo que tem conservante tem sal; redução do café e, principalmente, álcool, drogas, o cigarro", destaca Esther Vilela.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento integral às gestantes, incluindo acompanhamento pré-natal de alto risco, acesso rápido aos resultados, vinculação ao local em que será realizado o parto, além de orientar as mulheres sobre saúde sexual e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Em 2012, foram realizadas 18 milhões e 200 mil consultas pré-natais pelo SUS.
Fonte: Blog da Saúde