Curso
UNA-SUS lança o curso online Manejo do Sarampo nos Serviços de Saúde
Assim como a campanha de vacinação, o curso faz parte do pacote de estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde para qualificar a prevenção, o controle e o enfrentamento à doença.
Profissionais de saúde e demais interessados já podem se matricular no mais novo curso da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), Manejo do Sarampo nos Serviços de Saúde. Dividido em dois módulos, que totalizam 60h, o curso online é livre, totalmente gratuito e tem início imediato.
As matrículas podem ser realizadas até 26 de junho de 2020, pelo link.
O curso foi desenvolvido pela Secretaria Executiva da UNA-SUS, em parceria com as Secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde e a Escola de Governo da Fiocruz Brasília.
A oferta faz parte do pacote de medidas governamentais, adotadas para combater a doença, e tem como objetivo qualificar os profissionais de saúde para identificar prontamente o caso suspeito de sarampo e conduzir ações de atenção e vigilância de forma integrada e oportuna, aplicando e disseminando os conhecimentos adquiridos na rotina de trabalho.
“O curso de formação sobre sarampo para os profissionais de saúde é importante medida para reciclar e orientar esse grupo para que juntos possamos interromper a cadeia de transmissão da doença, divulgar as medidas de proteção e prevenção e tratar adequadamente os casos evitando as complicações”, explica Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES).
Para a secretária executiva da UNA-SUS, Fabiana Damásio, por meio da oferta do curso de sarampo, a UNA-SUS reitera o seu compromisso em garantir que os processos formativos respondam às emergências sanitárias vigentes no país.
“Assim atuamos no caso da Zika, em que a UNA-SUS conseguiu mobilizar a Rede e organizar todo o processo formativo em tempo recorde. Agora, com o sarampo, fizemos da mesma forma. Colocamos como prioridade em nossa equipe e reorganizamos os processos de trabalho para que o curso pudesse sair em tempo exíguo e chegar o mais rápido possível aos trabalhadores do SUS”, destacou.
Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, foram notificados 49.613 casos suspeitos de sarampo, em 2019. Desses, foram confirmados 10.429 (21,0%) casos, descartados 19.647 (39,6%) casos e permanecem em investigação 19.537 (39,4%). Dezessete estados estão na lista de transmissão ativa da doença. Sendo que a maioria dos casos (97,5%) estão localizados em 153 municípios na região metropolitana de São Paulo.
O curso surge então como uma ferramenta de atualização e qualificação do atendimento à população na atenção primária, com incentivos a ações integradas junto aos serviços de vigilância em saúde, visando o devido manejo e controle dos surtos para futuramente cogitar-se uma possível eliminação da doença, como já ocorrera em 2016.
Para isso, aborda desde o papel do Serviço de Saúde e do profissional no controle do sarampo, com destaque às medidas de prevenção, diagnóstico laboratorial, notificação de casos e também de possíveis eventos adversos pós-vacinação (EAPV), até o devido atendimento, segundo a condição clínica do paciente e dos protocolos preconizados, sem esquecer das medidas de controle de infecção no serviço de saúde.
No vídeo abaixo o secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Wanderson Oliveira, e o diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis (DEIDEIT/SVS), convidam todos os gestores e profissionais de saúde a realizarem o curso e destacam a importância de se qualificar para prevenir, atender e controlar a doença.
A doença
O sarampo é uma doença infecciosa grave, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade, pessoas desnutridas e imunodeprimidas, e pode ser fatal. A transmissão do vírus ocorre a partir de gotículas de pessoas doentes ao espirrar, tossir, falar ou respirar próximo de pessoas sem imunidade contra o vírus sarampo.
A única maneira de evitar o sarampo é pela vacina. Os critérios de indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde e levam em conta: características clínicas da doença, idade, ter adoecido por sarampo durante a vida, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.
Por essa razão, o curso traz recomendações atualizadas de manejo clínico e epidemiológico, que devem ser realizadas de forma integrada entre a Atenção à Saúde e a Vigilância Epidemiológica, oportunamente.
Dia D
Para interromper o ciclo de transmissão do sarampo, o Ministério da Saúde está realizando a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, feita em duas etapas. A primeira fase ocorreu de 7 a 25 de outubro, visando a vacinação de crianças de 6 meses a menores de 5 anos. A segunda, iniciou essa semana e seguirá até 30 de novembro, tendo como foco a população de 20 a 29 anos.
Fonte: SE/UNA-SUS, por Cissa Paranaguá